quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ops! Falha Nossa: Discovery Channel - Conspirações

Ontem à noite, 23 de Setembro de 2009, assistia ao programa "Conspirações" no canal Discovery. Tudo ia bem, e estava até interessante. O programa tentava desmascarar um individuo que se apresentava com o pseudônimo de "Muad´Dib", que houvera produzido um documentário com "indicios" de que os atentados de 7 de julho no Reino Unido, foram na verdade uma "conspiração" do governo contra o Islam.

O programa "Conspirações" produzido pela "BBC" foi parcial na sua tentativa frustrada de tentar desacreditar o produtor do doumentário, e para isto, pegou-se na retórica de que o "produtor" achava ser o "messias".

Comentário do "Programa Conspirações": "Muad´Dib acha ser "Jesus Cristo". Aqui, o Canal Discovery mostrou a pobreza do seu programa, deixando claro que nem mesmo sabe a natureza e o segredo do termo "messias", e nem o que dele se explica os "livros antigos (Seforim Atikim)", e dogmáticamente apresentando novamente "Jesus" como o "Único Messias", que nada mais é do que um dogma cristão.

Além disto, o programa deixou claro sua tentativa de "inocentar" o governo Inglês, apresentando-o como um governo ilibado e sem manchas, e nesta tentativa, "esqueceram" de citar o caso do brasileiro "Jean Charles" assassinado pela policia inglesa que até hoje apresenta o caso como "um erro".

Realmente, a "impressão" que fica é que, os principais governos do mundo estão numa campanha mundial para desacreditar o Islam. Assim com o evento do "11 de Setembro" hoje mostra-se repleto de falhas, onde, passados 9 anos, sequer conseguiu-se provar que um avião chocou-se com o Pentágono. Parece mesmo que o constante crescimento do Islam no mundo todo tem tirado o sono dos governos, que assim como Hitler que tentou "livrar" o mundo do nosso povo, o povo judeu, os governos do mundo querem livrá-lo do Islam. Não podemos esquecer guerras como a da Bósnia, um conflito claramente étnico, dos muslins forçados a caminhar quilômetros na neve (eu não esqueço tais imagens).

Bem, talvez alguém queira "lembrar" os produtores do programa "Conspirações" a incluir "Jean Charles" na próxima pauta.

Eu ja deixei de ver a Globo, a Band, o SBT, a Rede Tv e vou acabar deixando de ver também ao canal Discovery, principalmente depois de um documentário, uma tentativa parcial de "provar a inocência" do governo Inglês, quando até hoje o caso Jean Charles continua sem uma explicação clara.

O que dizer mais? Melhor não dizer mais nada...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Segredos da Meditação (Kavannot)


Rabino Misha´El Yehudá


Antes de iniciar nossa “Hajra” sobre meditação, é necessário primeiro explicar o que é meditação.


O grande místico hebreu, rabino Avraham Yitzachak Kook (1865-1935), disse: “Mitzavá bli kavanná, Ke´guf bli neshamá – Mandamento sem kavanná é o mesmo que um corpo sem neshamá”.


A palavra hebraica “Kavanná” é derivada do termo “kivun”, e significa “Direção Interior” ou “Jornada Interior” que é muito semelhante ao termo arábico “Hajra” o qual usamos acima e que fora usado por Frank Herbert em sua obra máxima “Duna” cujo significado é “Jornada de busca”. Em árabe, significa imigração.


Trocando em palavras de forma que todos possam compreender, “kavanná” que é quase sempre traduzida para meditação, é uma “viagem de busca” pelos mundos interiores dentro das nossas almas, digo “almas” e não “alma”, porque todo ser humano possui uma “nefesh (alma animal), um “ruach (espírito) e uma “neshamá (alma divina)”, e quando se senta com a intenção de meditar, está na verdade, iniciando uma viagem interior pelas terras dentro de si mesmo.


Acerca desta viagem interior, a Torah nos conta sobre Abraão: “D´us disse a Abrão: “Anda de tua terra e da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei (Genesis 12:1)”.


No texto original hebraico D´us diz: “Lech lechá (Parta para ti)”. D´us estava comandando Abrão a iniciar uma Hajra, uma viagem interior para as terras dentro de si mesmo. Assim, o Zohar nos diz que, quando Abrão chegou a Canaan, D´us apareceu a ele, e lhe deu a néfesh (alma animal). Depois Abrão partiu para sul e então recebeu o ruach (espírito), e finalmente alcançou o grau mais elevado recebendo a neshamá (alma divina).


Todos estes graus somente podem ser atingidos quando, intencionalmente o iniciado inicia sua kavanná, sua hajra, buscando dentro de si mesmo as respostas que jamais poderiam ser encontradas no lado de fora.


A alma (neshamá) é atemporal, e nela está o conhecimento do passado, presente e do futuro. Qabalsitas, iniciados nos caminhos místicos na “Escola Séter – a antiga escola de mistérios”, não prevêem o futuro, mas, se lembram dele através da kavanná.


A meditação é a única ferramenta capaz de nos colocar em contato com os reinos dentro de nós mesmos, nos permitindo o conhecimento de todos os nossos aspectos, tanto positivos, como negativos, despertando, tornando vivido em nossas mentes todo o conhecimento arquivado em nossas almas.


Recentemente adquiri o livro “Em águas profundas” do cineasta americano David Lynch, que foi quem levou para o cinema o meu livro preferido “Duna”. David revela no livro como a meditação o ajudou em seus projetos e na direção de seus filmes, incluindo “Blue Velvet (Veludo Azul)” e “Twin Peaks”, e como o ajudou também a conhecer a si mesmo, e controlar e erradicar o seu pior inimigo: A ira.


Os iniciados no conhecimento da Qabalah, também usam outras ferramentas para ativar e intensificar estas “Hajras”, como o uso dos Tefilin (filactérios), e a contemplação em alquimias de letras hebraicas as quais os iniciados nos caminhos místicos na Escola Séter, chamam de “Otiót” com as quais é possível realizar milagres, e aqui entra a sabedoria.


A palavra “milagre” vem do hebreu “ness” e significa “escapar/fugir”, pois, quem deseja um milagre quer na verdade, fugir de uma situação que lhe provoca intensa dor. O termo “ness” também é a raiz de “Nessoá (viajar)”.


Acerca disto está escondido na Torah sobre o maior milagre já realizado no universo: A abertura do “Mar Vermelho (Iam Suf)”.


“E disse o Eterno a Moisés: Por que clamas a mim? Fala aos “B´ney Yisra´El” que marchem (Êxodo 14:15)”.


No texto original hebraico D´us diz “Veissaú” que literalmente significa “iniciem a viagem” ou “pulem dentro do mar”. Devo deixar claro aqui, que nós, seres humanos somos constituídos de 70% água, um verdadeiro “mar interno”.


Em seguida a este comando, D´us ainda ordena a Moisés: “E tu, eleva o teu cajado e estende a tua mão sobre o mar e fende-o... (Êxodo 14:16)”. Segredo aqui reside no “cajado (hebraico Matê)”.


Na Torah D´us diz: “E este cajado pegarás com a tua mão, com o qual hás de fazer os sinais (hebraico Otót)”. Já foi explicado acima sobre o termo “otiót (letras)” as quais usamos para realizar milagres através das nossas “kavann-ót (plural de kavanná)”. O termo “Ót (letra)” funde-se aqui com o termo “Kivunn” formando o plural “kavannót” e ganhando o significado “viagem intencional pela letra”.


Sobre o cajado que foi dado a Moisés, o Zohar sagrado nos conta, que ele estava todo gravado com as “otiót” do Nome Santo que irradiava luzes em 42 cores direfentes, e aqui, aprendemos sobre o segredo do Nome de D´us de 42 Letras (Ana Bekoach) com o qual os iniciados realizam suas kavannót e seus “nissim (milagres)”, e entenda “nissim” como “escapadas”. Ainda sobre o cajado, o Zohar nos conta que ele foi criado no crepúsculo do sexto dia da criação.


Em 2006, 5766 no luach hebreu, eu iniciei a criação e gravação de músicas me utilizando deste profundo conhecimento, que resultou no CD “Caminhos Místicos (não lançado por gravadora)”. Iniciei uma “hajra” pelos “multiversos” na minha neshamá até o futuro, e ouvi canções as quais eu mesmo comporia no futuro, trazendo-as para o presente ano (2006) e gravando cada instrumento que ouvi. O resultado sempre provocava uma intensa alegria e elevação espiritual.


Estas são minhas palavras sobre “meditação”, que espero, ajude aos leitores compreender sobre este segredo místico e aplicá-lo em suas vidas.


“Mitzavá bli kavanná, ke´guf bli neshamá (Uma boa ação sem kavanná, é o mesmo que um corpo sem alma)”

(Rabbi Avraham Yitzchak Kook)”.


O rabbi Misha´El Yehudá é o fundador e presidente da “Associação Cabalista Mundial – Gará Kulam Moshav”, e o redescobridor dos antigos ensinamentos da “Escola Séter – A Antiga Escola de Mistérios dos Iorei Edey Há-Merkavá (Os descidos da Carrugem Diniva)”. Nascido Paulo Sergio no ano de 1966 no bairro de Beith-Lechem (Belém) em SP, judeu marrano (descendente de B´ney anussim), circuncidado no “Hilulá (aniversário de ocultamento)” do grande Qabalista do século 16 conhecido como “Ha-Ari (Rabino Yitzchak Lúria)”. Qabalista, iniciou seu caminho pela Sabedoria da Torah, ao receber a visita em seus sonhos de um rabino falecido em 1955, que lhe revelou profundos segredos escondidos na Torah de D´us.



segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ultimatum


Zohar Ha-Qadosh:

“Uma nação vai surgir a partir de um fim do mundo (Coreia), contra os ímpios “Romanos (E.U.A.) e vai combatê-los por 3 meses. Outras nações irão juntar-se a guerra contra a nação a partir de fim do mundo, até Edom todos se unirão contra esta nação. Então HKB "H (Hashem, bendito seja Ele)” irá surgir contra eles, como ele diz,"וטבח גדול בארץ אדום Um gigantesco massacre na terra de Edom (E.U.A)”.

זוהר ח"ב לב ע"א:


יתער עמא חד מסייפי עלמא על רומי חייבא, ויגח בה קרבא תלת ירחין, ויתכנשון תמן עממיא ויפלון בידייהו, עד דיתכנשון כל בני אדום עלה מכל סייפי עלמא, וכדין יתער קודשא בריך הוא עלייהו, הדא הוא דכתיב (ישעיה לד ו) כי זבח ליהו"ה בבצרה וטבח גדול בארץ אדום וגו’.


"Um a um, tudo o que as pessoas tem usado para se apoiar e se manter economicamente já começou a cair [bancos, seguros, etc]. Nos EUA, a poderosa “GM (General Motors)” já abriu concordata. Pouco dinheiro será inútil. Isto irá continuar até que, finalmente, não haverá nenhuma outra fonte de sustento, com exceção do nosso Pai que está nos céus.

... Anti semitismo está continuamente crescendo em muitos países e um grande número de judeus têm medo de vistos como judeus (exceto aqueles que são fies à Torah e não ao dinheiro). Há países onde o anti-semitismo é abertamente pregado.


... O mundo está caminhando para uma Terceira Guerra Mundial, que precede o final da guerra em todo o mundo - Gog U´magog (Ver Ezequiel 38)]. Na guerra que dois terços do mundo desaparecerá (ver Zacarias 13:8), que Hashem tenha misericórdia.


Am Yisrael (Povo de Yisra´El), estamos bem diante do final. Decida o que você quer!".

Eu quero dizer isto para vocês que tem transgredido a Torah: Eu passei fome intensa, a ponto de ficar até mesmo três dias inteiros sem ter o que comer, com o que me alimentar, e no entanto, eu não coloquei “carne e leite” na minha boca.


O que é triste para aqueles que sempre tiveram o que comer, e nunca passaram fome, e mesmo assim, ele tem cometido “Peshá (rebeldia)” contra a Torah e assim contra o Sagrado, bendito seja Ele.


Eu me levanto todas as manhãs, e mesmo quando me sentia pesado, triste, não deixei de atar os meus tefilim e nem de recitar o Sh´má.

Agora, no momento em que Hashem vai sacudir o mundo, muitos virão e dirão: Nós te amamos Hashem, salvá-nos...


Neste momento no meu coração eu desejo que Hashem tenha misericórdia de todo o mundo, pois uma grande tempestade está para chegar, a mãe de todas as tormentas.

"Abra os olhos! Não me pergunte como chegar a Israel ou não. Não me pergunte como é que você pode vir sem dinheiro? Não me pergunte como você vai conseguir um emprego? Aqueles que confiam em Hashem terão a certeza de que Hashem proporcionará. Permitam-me recordar que, segundo o profeta Zacarias 13:8, dois terços de todo o mundo será destruído - mas não Eretz Israel".


Apocalipse 18:


“E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande babilônia (E.U.A), e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e odiável. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu (Am Israel – Povo de Israel), para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas”.


Eu recomendo que se leia o capitulo dezoito do Apocalipse. Eu não sou cristão, mais as profecias do Apocalipse são as mesmas que se encontram no Zohar Sagrado.




Fonte: http://www.dreamingofmoshiach.blogspot.com/ - Com acréscimos do Rabbi Misha´El Yehudá

domingo, 10 de maio de 2009

Os Mistérios de Qédem


אֶפְתְּחָה בְמָשָׁל פִּי אַבִּיעָה חִידוֹת מִנִּי־קֶֽדֶם - “Abrirei a minha boca em parábolas e publicarei enigmas dos tempos de Qédem”. Quanto mais eu investigo sobre a misteriosa inspiração que me lançou para escrever Crônicas de Qédem, mais me surpreendo.

Tempos atrás, durante um momento em minha "Kavanná", fui desperto para um segredo que ainda não havia percebido. Enquanto meditava as letras hebraicas dispostas no Tehilim (Salmo) 78:2 vieram a minha mente, e as "Qolót Mistorei" ou "Ha-Qol d´Arazá" despertaram no meu interior. O verso é o que está escrito acima, e na minha "visão" as letras moviam-se revelando-me os segredos guardados por elas. Meu nome hebreu "Misha´El" e mesmo meu nome civil "Paulo" estão codificados no verso.

As "Otiót (Letras)" me comandaram então: Atente para o segredo da palavra "Mayim (Água) - מָים

Parte do segredo eu ja conhecia, e este é o acrônimo escondido no termo "Mayim" cujas três letras "Mem, Yud & Mem Sofit" são as iniciais de "Matai Yavô Moshiach? (Quando Virá O Messiah?)".

As "Otiót" do "Sháb´tá" me disseram: "Atente que "Matai" também é um nome, e também é o nome de um único livro no "Sêfer Ha-Notzrim (O Livro dos Nazarenos). Faça o cálculo de gematriot da frase "Matai Yavô Moshiach"".

Procedi, então, e calcular a gematria das letras da frase, como as "Otiót" me instruiram a fazer. Este foi o resultado:

Matai (450) - Yavô (13) - Moshiach (358)

Ao descobrir esta gematriot (melhor escrever "Gematri´Ót)" eu fui instantâneamente levado a uma descoberta. Ouvi o comando: "Vá até o único livro na biblia cristã cujo nome é "Matai" e veja o pérek 13 passak 35".

E foi exatamente o que fiz. Levantei-me, tomei uma cópia do "Sêfer Ha- notzerim" que possuo em minha estante de livros, e procure pelo capítulo e verso que me fora sugerido.

"Le´malót êt ashér davár ha-naví le ´omêr: "Eftêcha be´mashál pí aviáh chidót miní Qedêm (Para que se cumprisse o que foi dito por intermédio do profeta: Abrirei minha boca em parábolas e publicarei enigmas dos tempos de Qedêm - Mateus 13:35)". Mateus vem do hebraico "Matai". O verso é uma repetição do Tehilim 78:2 de Asáf, que não era um profeta, mais um músico.


אֶפְתְּחָה בְמָשָׁל פִּי אַבִּיעָה חִידוֹת מִנִּי־קֶֽדֶם

O passúk (verso) possui 27 letras e sua gematri´ót resulta em 1716. Então, tomei a gematri´ót do verso e somei ao número de "oitót" o que resultou em 1743. Acresci, então, este resultado ao número do pérek (capítulo) e do primeiro passúk (78+1)=79.

1743+79=1822

Tudo o que eu tenho escrito e falado nestes últimos três anos está relacionado com "Qedêm" que para o título do meu livro eu transformei em "Qédem". Tomei, então, o valor gemátrico de "Qedêm (קֶֽדֶם)" e somei ao resultado 1822.

144+1822=1966

"Pelos peyot de Rav Shimeon Bar Yochai - exclamei" - 1966 é o ano em que eu nasci! como é possível? Resposta:

"Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado (Ióv 42:2)". Yóv (Jó) que em arábico é "Ayyub" é uma das personagens principais de "Crônicas de Qédem".

ידעת כי כל תוכל ולא יבצר ממך מזמה

Crônicas de Qédem

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Poema de Jadduá - Trecho de Crônicas de Qédem


Encontrei-te em pé entre os dois pilares erguidos dentro do templo construído no interior da Grande Pirâmide edificada sobre o solo de Hê-Élen – sétimo mundo de Atik na constelação de Perseu, cujas paredes estavam gravadas com estranhos hieróglifos, e apesar de não reconhecê-los, suas palavras penetraram na minha alma enquanto meus olhos observavam os contornos dos teus lábios e seguiam as curvas do seu belo corpo oculto apenas por um tecido de seda dourada. As letras dos hieróglifos gravaram-se nas tábuas das quatro câmaras do meu coração. Elas soletravam um nome é um título: Jadduá - A Princesa.

O templo onde eu estava a te observar havia sido erguido sobre as areias do deserto desde magnífico e distante planeta. Ao redor dele haviam setenta tamareiras, cujos frutos eram translúcidos como gotas de luz, semelhantes às Tamareiras do Oásis de Aur. Era noite, e eu podia ver as estrelas pela abertura feita no teto. Procurava encontrar a mais bela que meus olhos pudessem revelar-me. Suavemente, minha atenção foi desviada para os seus olhos, e fui guiado pelas suas mãos suaves até os seus lábios. Beijou-me, e eu pude sentir o sabor de tâmaras e o aroma de canela que deles destilavam-se.

Óhh, suas mãos tão belas e macias tocaram-me a alma. Sua respiração entre os meus lábios é a vida. Ali, dentro do templo, você me tornou imortal através do toque dos teus lábios, e meu corpo transformou-se em luz, e então eu te reconheci, imortal Princesa do Conhecimento, como teu nome assim revela. Um sono arrebatador me dominou.

Minha alma sentiu o seu toque minha querida, nesta madruga. Uma brisa suave entrou pela sacada e invadiu o meu local no templo. Uma fina névoa subiu do solo calçado com placas luminosas de saphir, e eu vi nela a sua forma, bela, mística, iluminada.

Os hieróglifos gravados nas paredes e nas colunas do templo iluminaram-se, piscando como os sad´ram, revelando às minhas almas e ao meu espírito os segredos dos antigos, no local edificado em um mundo chamado, não por acaso, de Hê-Élen, que na língua de Éber significa “Oculto”, orbitante da estrela Atik que no mesmo idioma quer dizer “Antigo”, e por suas uniões chamam-nos de “O Antigo & Oculto Lar de Jadduá – A Princesa do Conhecimento.

Despertei do meu místico sono com o sabor de tâmaras nos lábios e o aroma de especiaria por todo o corpo, a especiaria que amplia a consciência, a especiaria que prolonga a vida.

“O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria”.

Provérbios de Sulayman 2º Suráta 5º Ayát




Crônicas de Qédem à venda: www.biblioteca24x7.com.br

domingo, 22 de março de 2009

As Quatro Faces de Amalek



Corte da semente de Amalek
(Zohar)


O Pastor Fiel (Moisés) fala sobre Amalek e como os nomes de Bila´am e Balak estão escondidos nele. Ele diz-nos das quatro faces de Yisrael - Jacob e Rachel, Israel e Leah - e diz que essas correspondem às quatro faces da águia. Do mesmo modo existem quatro faces a Amalek - divinação, encantamento, iniqüidade e teimosia. Amalek em cima é Samael, cujas faces tentam as pessoas a pecar contra o Deus.


“Por isso, será, quando o Eterno Seu D´us, te der descanso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Eterno, teu D´us, te ETA dando por herança para possuí-la, apagarás a memória de Amalek de debaixo dos céus, não te esquecerás (Devarim 25:19)”. Porque o Sagrado, abençoado seja Ele, jurou não voltar ao Seu trono antes que Ele realize Sua vingança. O Pastor Fiel abriu e disse: “seguramente é por isso que eles viajavam na selva e pelo mar, e não se introduziram terra de Yisrael até que Ele (D´us) tomasse a vingança em cima de Amalek”.


Ele pergunta: “quem é esta raiz de Amalek acima no sentido espiritual? Vemos que as almas de Bila´am e Balak vieram do Amalek celestial, e é por isso que eles tiveram mais inimizade contra Yisrael do que qualquer outra nação ou língua. É por isso que AMALEK está marcado nos seus nomes, a saber o “AM (עמ)” de Bila´am e “Lak (לק)” de Balak. Os Amalekitas são masculinos e femininos e deles o pastor fiel diz: “Ele não observou a iniqüidade em Jacob nem ele viu a teimosia de Yisrael (Bamidbar 23:21)”, ONDE A INQÜIDADE É O LADO MASCULINO de AMALEK E A TEIMOSIA É A SUA FÊMEA. As letras que sobram de Bila´am e Balak formam o nome “Bavel (בבל)” que significa “Confusão”.



As Quatro Faces


O Yisrael tem quatro faces que são: Jacob que é Yisrael, Rachel e Leah. Yisrael e Jacob são o macho e Leah e Rachel são a fêmea. Essas quatro correspondem ao segredo de Ezequiel quando nos conta sobre as “Chaiót (os Animais Sagrados)”: “E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro (Yechezkel 1:10)”. Isto é, que correspondem as quatro faces da águia, desde que Jacob e Yisrael são o aspecto de uma águia que é a coluna central da Árvore das Vidas, chamada de “A Face Pequena”. Do mesmo modo há quatro faces a Amalek, que são: a divinação, o encantamento, a iniqüidade e a teimosia. As letras do termo iniqüidade (Hebraico: amal) estão presentes em Amalek (Amal-ek), e de Haman, quem descendeu de Amalek sobre quem se diz: “O seu dano (Heb. amal) se voltará sobre a sua própria cabeça (Tehilim 7:17)”. E todos os chefes de Esaú (Essav) vieram de Amalek. Amalek em cima é Samael que tem quatro faces que são a iniqüidade, o encantamento, a teimosia e o engano. Eles tentam o homem pecar contra o Sagrado, abençoado seja Ele. A divinação “קסם” (Heb. kesem) é o Quf (ק) de Amalek, o veneno “סם (Heb. Sam)” de Samael, e o encantamento é o El (אל) de Samael.



A Batalha de Riddick


No filme protagonizado pelo ator americano Vin Diesel, o universo enfrenta um poderoso inimigo chamado “Necromongers”, um exercito de “semi-vivos” liderado pelo maléfico “Lorde Supremo” que curiosamente usa um Elmo (uma mascara/capacete) que tem “Quatro Faces”.


Os necromongers viajam de planeta em planeta convertendo seus habitantes à sua maléfica religião, matando os que não aceitam serem convertidos, e destruindo por fim, os seus mundos.


O termo “Necromonger (singular)” pode ser dividido em “Necromon-Ger” sendo que a ultima parte forma, em hebraico, o termo usado para “Convertido”, mas que carrega um outro segredo.


O termo “GER” é escrito com duas letras hebraicas, as letras “ג Guimel” e ר Resh” que são as iniciais de “Guilgul Ruach (A Roda do Espírito)” significando que, as pessoas convertidas recebem então um espírito adicional profano chamado “rashá (perverso)”.


Os nossos Sábios nos ensinaram: É proibido dar a um filho o mesmo nome de um Rashá. Alguns acrescentam que esta proibição não recai apenas sobre o pai, mesmo que já tenha dado a seu filho o nome de um Rashá (porque ele não sabia que era proibido), ao público é proibido chamá-lo por aquele nome. Eles devem substituí-lo por um apelido, e chamá-lo por este apelido.


Um exemplo, para que fique claro em nossa mente de um nome de um “perverso (rashá)”, seria dar à criança o nome de “Hitler, Stalin ou Mussolini”, ou mesmo “Saddam”, ou em um outro exemplo, dar à criança o nome de “Charles Manson”, o assassino serial que matou a atriz “Sharon Tate” esposa do então cineasta “Roman Polansky (O Bebê de Rosimary e o aclamado O Pianista)”.



Uma Advertência


Esta, pois escrito no Tehilim: “Bem-aventurado a pessoa que não segue os conselhos dos perversos (reshaim – plural de rashá)”. Desta forma é proibido se associar com eles, comer com eles, andar com eles, e mesmo tomar uma carona com eles.


Os “reshaim” que são aqueles encarnados com espíritos perversos, às vezes não são pessoas, mas, demônios em forma humana, e a pergunta que fica é: Como saber que são? Eles são aqueles que se recusam a cumprir Torah, não praticam e nem tem a intenção de praticar as mitzvot.


Algumas vezes, mesmo tendo a aparência de piedosos, não o são, e na primeira oportunidade usarão do julgamento contra aqueles que praticam Toráh. Usam suas bocas para dizerem palavras profanas, palavras de baixo calão, etc.


Ao judeu é proibido usar seus lábios para tais praticas, uma vez que a boca que recita as palavras sagradas da Toráh e o Santo Nome de D´us, não pode fluir com duas fontes, sendo uma doce e a outra salgada.


Os “reshaim” fazem parte da “Érev Rav (A multidão misturada)” que são os Nefilim (Caídos), Giborim (Poderosos), Anakim (Gigantes), Reshaim (Perversos) e Amalek. A “cabeça (coroa)” desta árvore maléfica é Amalek.


A moda agora é o surgimento de “kabbalistas” que sequer tem a marca do pacto sagrado, a circuncisão, que criam e abrem escolas de kabala. Tem a aparência de piedosos, mas na primeira oportunidade que tiverem, usarão de julgamento para com os “santos (os praticantes da Toráh)” e destruirão as vidas daqueles que sem conhecimento se associaram a eles. Que D´us nos livre de tal associação.


Infelizmente os reshaim estão se inserindo no meio da nação de Israel. Rabinos sem sabedoria, desligados do estudo do Zohar sagrado e da sagrada Qabalah, tem aceitado estas pessoas como convertidos no seio do povo. E muito fácil, encontrar na internet, por exemplo, estes seres, e verificar pelo uso que fazem desta ferramenta (a net) que são reshaim disfarçado de “yehudim”. Usam de palavrões, perseguem outras raças e credos, usam de julgamento, se utilizam do lashon hará (calúnia), e ainda por cima se intitulam como ortodoxos para enganar a justiça, ou faltar às audiências marcadas pela justiça depois de terem sido denunciados e processados por seus crimes.


Minha oração é para que D´us nos livre de estarmos associado a estas pessoas, e que se, involuntariamente o fizemos, que Ele nos perdoe por nossa falta de sabedoria e apague as conseqüências de tal associação. Amén!




sábado, 21 de março de 2009

Sinais - Milagre No Havdalá


No dia 20 de Setembro de 2008, durante o "Ritual da Separação", um "Sinal (Ót)" foi manifestado no momento em que a brachá (benção) sobre o fogo da vela trançada era realizado. As "Qolót Mistorei (As Vozes dos Mistérios)" ascenderam em meu interior, gravando em minha neshamá o comando para que eu tirasse uma foto enquanto a vela estava acesa. Como tenho sempre comigo no bolso do meu yankele (colete) o meu celular, tomei-o e bati a foto enquanto segurava a vela acesa. Isto ocorreu em questão de segundos. Depois de encerrar o "Ritual", tomei o celular, e descarrei a foto em meu laptop, e foi então que vi o que havia sido capturado, o que me encheu de temor pelo Sagrado, bendito seja Ele.

"As chamas da vela trançada haviam tomado a forma da letra hebraica Zayin no exato momento em que a foto foi tirada".

Naquele momento, lembrei-me do passuk 4º do Tehilim 104: "Ossê malachaiv ruchót, meshartaiv êsh lohét (Torna os ventos Teus mensageiros, e o chamejante fogo Teu atendente - Tehilim 104 passuk 4)".

A "chaiót zayin (criatura viva zayin)" havia se manifestado pelo comando do Sagrado, bendito seja Ele, como uma mensageira.

O Maggid de Mezeritch, o sucessor do Ba'al Shem Tov, ensina que o versículo "Uma mulher de valor é a coroa do seu marido" faz alusão à forma da letra zayin. A letra anterior, o vav, retrata a Ór yashar ("Luz direta") que desce de D´us para a humanidade. O zayin, cuja forma é semelhante a um vav, embora com uma coroa em cima, reflete a Ór yashar ou do vav como Ór chozer ("regresso à luz"). Ór chozer sobe com tanta força que ele atinge um estado de consciência mais elevado do que o do ponto de origem revelada no Ór yashar. Ao chegar ao reino de Keter (a "coroa"), amplia sua consciência tanto à direita e à esquerda. Na verdade "não existe uma esquerda no Ancião (o nível de Keter), é justo para todos”. Isto significa que o temor de Deus (à esquerda), neste nível é indistinguível, na sua natureza para agarrar diretamente a D´us, desde a mais alta manifestação do amor de D´us (à direita).


A experiência de Ór chozer, após a consumação do processo criativo inerente do Ór yashar, a criação do homem no sexto dia, é o segredo do sétimo dia da Criação – A Rainha Shabat. A Shabat, que, em geral, significa a mulher em relação ao homem -"a mulher de valor é a coroa do seu marido"- tem o poder de revelar a seu marido em sua própria consciência ampliada, a experiência do prazer e sereno sublime vontade inata no dia do Shabat. A mulher é a Shechiná (A Presença Divina) a esposa do Messias.


"Quem é uma boa (literalmente “kosher”) mulher? Ela a que faz a vontade de seu marido (O messias)”.


A manifestação de zayin durante o ritual, foi um recado, uma mensagem do Sagrado, bendito seja Ele, dizendo "Olhe, veja, o nivel de consciência que você atingiu". Pensar nesta experiência a cada dia, me faz ter mais desejo de subir mais alto na minha busca pelo divino.


Entre esta sublime experiência e o amor pela guarda do shabat, eu digo que, vale a pena, mesmo em momentos em que estamos sós, manter a aliança do shabath santificado do Eterno.